sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Yolanda fugiu!!


Mas já voltou!!
Já que o assunto anterior foi de acidentes, vou contar o pior que já passamos com nossos bebês. A fuga da Yolanda!!
Eu e meu marido gostamos muito de viajar, e isso nunca foi um problema pra gente, antes da Yolanda, o Schu sempre ficava na casa da minha mãe, até porque ele morou comigo na casa dela por alguns anos antes do casamento, então estava perfeitamente acostumado. Quando a Yolanda chegou preferimos deixar os dois aqui em casa mesmo, e minha mãe e minha sogra passam por aqui para alimentá-los e brincar com eles. Porém, em novembro desse ano eu e meu marido fizemos uma viagem a Europa. Eu já estava na Russia a trabalho, portanto ele iria me encontrar, mas tem medo de viajar de avião e portanto convidamos meu pai e minha mãe que também nunca haviam ido a Europa para acompanha-lo. A intenção era que Schu e Yoyo ficassem aqui em casa, e minha sogra viesse alimenta-los mas como eram 10 dias, e a gente não mora tão perto, minha sogra preferiu levá-los pra casa dela.
Um dia, ela saiu, e o nosso avô, que tem 94 anos, deixou o portão entreaberto por alguns minutos. O Schu não deve nem ter tomado conhecimento, até porque eu acho que ele só sairia pra ir atrás de mim ou do meu marido.
Mas Yolanda é maluquinha, e foi passear, sozinha. Isso aconteceu no dia 02 de novembro. Eu falei com a minha sogra por telefone naquele dia, mas ela não me falou nada.
No dia 04 de novembro conversamos de novo, e ela me contou do sumiço da Yolanda. Entramos em desespero, estávemos do outro lado do oceano, só viríamos embora no dia 09, não sabíamos o que tinha acontecido direito, a ligação era péssima (mesmo com a tecnologia de hoje em dia).
Bom, fizemos o que podíamos fazer. Passamos o dia 04 inteiro no hotel, até mais de 1 hora da manhã na internet, enviamos email para todo mundo que conheciamos pedindo pra repassar e procurar Yolanda. Criamos um blog, uma página no Facebook.
Cartazes já estavam sendo espalhados pelos meus cunhados, minha sogra, meu enteado, e todo mundo que estava por aqui. Uma amiga do coração que trabalha comigo, e estava vendo tudo de fora com muito discernimento teve a grande idéia de  colocarmos uma anúncio na capa do jornal principal da minha cidade. Ela intermediou tudo numa sexta-feira, e no sábado Yolanda estaria na primeira página do jornal.
Pra gente houve mais um dia de martírio. Passamos a sexta toda no hotel, nunca vi meu marido tão triste, ele chorava a cada 5 minutos. E nenhum de nós queria ir a lugar algum. Era nosso primeiro dia em Paris, mas eu não queria estar lá.
No sábado, acordamos cedo e meus pais nos obrigaram a sair do quarto do hotel. Fomos fazer um tour de ônibus pela cidade. A gente pensou em ligar pra cá, mas tínhamos medo, a gente podia ligar e descobrir que Yoyo tinha voltado, ou podia descobrir que não, o que deixaria a gente mais chateado porque seria uma esperança a menos.
Foi assim o dia todo, andamos pela cidade e não tinhamos coragem de ligar pra cá. No meio do dia, passamos pela Catedral de Notre Dame, choramos e rezemos muito pra Yolanda voltar. Eu fiz até promessa, disse que não comeria carne por um ano.
Paramos pra almoçar, e eu falei pra minha mãe: “Eu não vou pedir nada com carne, porque a Yolanda já voltou, só a gente não sabe ainda”.
No final do dia fomos a Torre Eiffel, e eu resolvi tomar coragem e entrar numa cabine telefonica pra ligar. E adivinha!!! A Yolanda estava em casa!
O anúncio custou uma fortuna!  Oferecemos recompensa. Mas valeu a pena. Mal deu tempo do entregador de jornal passar nas portas, era umas 7h30 da manhã de sábado, ligaram para minha sogra e vieram devolver a Yolanda.
Por sorte, a maluca seguiu um moço de bem, que adora cachorros e mora pertinho da minha sogra, mas não sabia que o cachorro era dela porque eles nunca ficam lá né. Ele levou ela pra casa, e eles cuidaram da Yolanda super bem. Ela chegou até a dormir na cama do casal. Eu brinco com meu marido que a Yolanda não é uma cachorra, é uma galinha (no sentido pejorativo da palavra) porque na primeira oportunidade ela foi dormir na cama de outro homem. E a gente morre de rir!
Minha intuição estava certa, a Yolanda já estava de volta desde cedinho, e se a gente tivesse tido coragem de ligar antes, já saberíamos, de qualquer forma, a promessa continua. Tive que fazer uns ajustes, mas de segunda a sexta, não entra carne nesse corpinho até o dia 05 de novembro de 2012. Pra compensar os fins de semana que como carne, negociei que não entra nenhuma bebida alcóolica nesse corpinho até a mesma data!
Ah, depois que encontramos a Yolanda eu tomei meu último porre, meu marido voltou a sorrir, e Paris voltou a ser a cidade luz! 



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